quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Quando um Ente Querido Assume a Homossexualidade

A Bomba

Judy Hamilton lembra-se bem do dia, há 16 anos, em que ficou sabendo do envolvimento homossexual do filho mais velho.

Na juventude, Darryl mudou-se para outra região do país. “Darryl e eu sempre fomos próximos”, lembra Judy, “então foi difícil vê-lo partir, mas eu sabia que ele tinha de levar a própria vida”. Vários meses depois, Judy recebeu uma longa carta dele.

Darryl compartilhou boas notícias: “Conheci uma pessoa muito especial e temos um relacionamento incrível”.

Mas à medida que lia, Judy sentiu um nó na garganta. Darryl confessou que seu romance envolvia outro homem. “Sinto atração forte por homens desde que me conheço por gente”, escreveu, “e sempre tentei esconder isso”. Agora ele estava “assumindo” a homossexualidade e vivendo, segundo ele, como Deus queria.

Judy ficou completamente desolada: “Gritei, esbravejei, chorei. Senti como se estivesse sangrando por dentro sem ter como estancar o ferimento na alma”.

Mágoa Assombrosa

Não importa se a confissão vem de filho, filha, cônjuge ou amigo. A admissão de homossexualidade sempre cai como uma bomba, especialmente em lares cristãos. A mágoa – muitas vezes esmagadora – é a reação emocional mais comum. Repentinamente, tudo parece estar fora de controle. Os acontecimentos dão rumo inesperado à vida da pessoa.

“Se meu marido tivesse um caso com uma mulher, eu poderia enfrentar o problema”, disse uma esposa arrasada cujo marido se envolvera num relacionamento homossexual. “Mas com essa situação, sinto-me incapaz – e completamente perdida”. Quanto mais profunda a ligação entre você e a outra pessoa, mais profunda a mágoa ao descobrir a homossexualidade. Você sabe que o relacionamento nunca mais será o mesmo.

A culpa é um problema enorme, especialmente para os pais. O mais comum é perguntarem: “Onde erramos?” Sentem-se fracassados num dos papéis mais importantes que Deus deu.

Aqui estão alguns fatos:

Sabemos que a atração homossexual pode brotar de trauma da infância e, às vezes, os pais contribuíram para isso. Não adianta fingir que criamos os filhos perfeitamente! Ao mesmo tempo, todos os pais são falhos. Todos causam sofrimento na vida dos filhos. Como qualquer outro pai, cometemos erros. Temos pontos fracos. Nesse sentido, não somos diferentes de todos os outros pais.

Lembre-se de que Deus criou Adão e Eva em ambiente perfeito, e mesmo assim eles se rebelaram. “O comportamento dos filhos não significa necessariamente que os pais falharam. Nosso valor como pais não depende das escolhas dos filhos”.[1]

Não somos responsáveis pelo que não podemos controlar. Não podemos controlar as tentações dos filhos, nem suas reações a elas. Não podemos controlar a conduta moral do filho adulto. Creio que essa é a questão mais difícil de enfrentar para alguns pais: Perdemos o controle.

Alguns deles passam anos tentando reconquistar o controle. Manipulam, ameaçam, gritam, emburram. No final, nada funciona. O filho continua rebelde.

A Armadilha do Arrependimento

É fácil ficar preso na síndrome do arrependimento: “Se ao menos eu tivesse sido um pai mais presente... Se eu tivesse me convertido mais cedo... Se eu tivesse sido cristão mais coerente... Se tivesse percebido isso antes...”. A lista é infinita.

Esses tipos de pensamento podem ser difíceis de superar. Ficar obcecado com o passado não mudará nada. Devemos seguir em frente, com a ajuda de Deus.

Anita Worthen, co-autora do livro Someone I Love is Gay [Um Ente Querido É Homossexual][2], foi mãe solteira dos 20 aos 30. Ela percebeu que seus pecados na adolescência resultaram em condição desfavorável para o filho. Então, ela foi até ele e pediu perdão. Fez o que podia para corrigir a situação. Ao ver o filho procurando homens 20 anos mais velhos que ele, percebeu que ele buscava o amor de pai. Ela se arrependeu, mas não podia mudar o passado. Teve de renunciar à condenação e aceitar o perdão do Senhor pelo seu passado.

Questões Importantes

Os pais devem enfrentar algumas questões importantes para seguirem em frente e abandonarem a mágoa opressora de ter um filho homossexual.

É preciso enfrentar a perda.[3] Ter um filho homossexual implica na perda de sonhos, controle, segurança e relacionamento. Tudo isso provoca reação de mágoa que pode durar meses e até anos.

Mesmo se o filho abandonar o homossexualismo, você sempre terá de conviver com a realidade de que ele é tentado nessa área, que algo terrível aconteceu na vida dele e deixou cicatrizes. Nada será como antes. Nesse sentido, sua imagem da pessoa mudou para sempre. Isso é uma perda enorme.

Um livro profundo e instigador sobre mágoa é A Grace Disguised: How the Soul Grows Through Loss [Graça Disfarçada: Como a Alma Cresce Por Meio da Perda] de Gerald Sittser.[4] Nele, o Dr. Sittser descreve a angústia de perder três entes queridos num acidente de carro causado por um motorista bêbado que entrou na contramão. Na colisão fatal, Gerald perdeu a mãe, a esposa e a filhinha.

Nos dias e semanas seguintes, Sittser sofreu o choque, a dor terrível e a tristeza esmagadora da perda. Ele se sentiu imerso em trevas durante meses. Finalmente, elas começaram a desaparecer. Ele começou a ver o “nascer do sol” e voltar ao estado emocional regular.

Todavia, três anos após o acidente, Sittser escreveu estas palavras profundas:

“A recuperação é expectativa enganosa e vazia. Membros quebrados se recuperam, mas não a amputação. A perda catastrófica por definição impede a recuperação. Ela nos transforma ou nos destrói, mas nunca nos deixa iguais. O passado não tem volta e não pode ser recuperado. Só podemos continuar em direção ao futuro desconhecido. Seja qual for esse futuro, ele incluirá a dor do passado. A tristeza nunca abandona por completo a alma daqueles que sofreram perda severa”. (Ênfase do autor, p. 63).

Portanto, enfrente a dor. Viva com ela em vez de fugir dela. Não a evite. Não se sinta culpado por estar triste. Não cite versículos para afastá-la precocemente.

Os melhores pais lamentaram mais profundamente a tragédia de ter um filho ou filha homossexual. Alguns ficaram incapacitados durante meses após a descoberta. Os mais inquietantes são os que “voltam ao normal” depois de três semanas. Eles ainda não enfrentaram a realidade da situação.

O que Causa o Homossexualismo?

Uma das principais perguntas que os pais e cônjuges fazem: “Foi minha culpa?” Essa pergunta vai ao fundo da questão de quem é o responsável pelos problemas do ente querido com sua sexualidade. Existem três respostas possíveis:

Resposta 1: Deus é responsável. Essa condição é genética. Portanto, Deus a causou, ou pelo menos, permitiu que acontecesse. Que ótima solução! É culpa de Deus. (Estou isento de culpa.) Alguns pais crentes já abandonaram as convicções bíblicas de que o homossexualismo é pecado. É genético, então meu filho não tinha opção. “Acho que a Bíblia não quer dizer o que eu pensava sobre esse assunto”. Mas essa é uma solução falsa.

Resposta 2: O homossexual é responsável. É escolha dele ou dela. Outra solução ótima! É culpa do ente querido. (Não sou responsável.) Mais uma vez, uma solução equivocada. As pessoas não decidem ser homossexuais, na grande maioria dos casos. Elas tomam consciência dos sentimentos homossexuais, geralmente na puberdade, assim como você toma consciência dos seus desejos e atrações heterossexuais. Gays e lésbicas ficam furiosos quando lhes dizem: “Você escolheu isto. Agora mude de idéia!”

Resposta 3: O homossexualismo é resultado de combinação de diversos fatores, e eu posso ter contribuído de alguma forma para os problemas do ente querido nessa área.

Para encontrar respostas, devemos estar dispostos a buscar a verdade, onde quer que essa busca nos leve. Você está disposto a “andar em verdade”, sejam quais forem as respostas? Você tem compromisso com a verdade? Ou se contenta com soluções falsas porque são mais fáceis? Elas eliminam a culpa (será?). Elas resolvem o problema – pelo menos por enquanto.

Anita Worthen percebeu que pecara contra o filho, Tony, ao se tornar mãe solteira. Tony cresceu sem pai. Ele sentia atração por homens da idade do pai, e Anita entendeu a dinâmica implícita: Ele buscava o afeto de um homem mais velho que nunca recebera do pai biológico ausente. Anita teve de falar com Tony e pedir perdão – falar sobre os fatos em vez de acobertá-los com desculpas, negação ou silêncio.

Existem vários passos para evoluir no relacionamento com o filho homossexual:

(1) Busque a verdade em Deus. Pergunte a Ele: “Cometi pecados no passado dos quais preciso me arrepender e que preciso confessar a meu filho? Preciso pedir perdão a ele?”.

(2) Fale sobre o assunto com o seu filho. Inicie a conversa e confesse a verdade: “Tony, sei que tomei decisões erradas na vida que o afetaram profundamente. Você cresceu sem pai, e isso foi resultado de minhas escolhas erradas. Você me perdoa?”. Fique vulnerável: “Você se lembra de algum momento específico em que o magoei?”.

Pais, alguns filhos se lembram de incidentes específicos de rejeição ou aparente rejeição que os magoam até hoje. Essa é uma oportunidade para exporem o ressentimento.

Lembre-se: A percepção do filho sobre o que ocorreu – não necessariamente o fato – molda a dor. Algumas de suas palavras e ações não foram propositadas; não percebemos o quanto impactamos a vida do filho. Em outros casos, a causa foi nossa própria imaturidade ou o fato de tratarmos o filho como fomos tratados. Por exemplo, o rapaz que nunca se sentiu aceito pelo pai. Talvez o pai fosse bom atleta e parecia gostar mais do outro filho esportista. Quando o primeiro resolveu tocar violino, o pai riu e o chamou que “mulherzinha”.

(3) Com base nas respostas do filho, tome o próximo passo: Peça perdão se necessário. Explique seu lado da situação. (“Eu não sabia que você ficou tão magoado. Você me perdoa?”).

Se quisermos que os filhos aceitem a realidade do pecado, devemos ser exemplo de reconhecimento do nosso próprio pecado. Se quisermos que se arrependam, devemos ser exemplo de arrependimento. Se quisermos que eles nos vejam com os olhos de Deus, devemos estar dispostos a olhar a nós mesmos com os olhos de Deus. Assim, voltamos ao devido lugar de pais: dando exemplo de conduta cristã aos filhos. Pode ser a tarefa mais difícil que já realizamos, mas esperamos que eles consigam algo muito difícil – abandonar o homossexualismo.

Amor Sem Concessões

A maioria dos crentes quer ser influência redentora, mas muitos se perguntam como demonstrar o amor de Cristo sem dar a impressão de que toleram o pecado.

Uma senhora pediu conselhos a um ministério cristão de ex-gays. “Vou a um jantar de família e meu primo homossexual estará lá”, ela explicou. “A família já me considera fanática religiosa, mas sinto que se eu for, estarei comprometendo minhas convicções cristãs”.

Após alguns minutos de conversa, essa mulher admitiu que a maioria dos parentes que estariam no jantar eram incrédulos – não apenas o primo gay. Em ocasiões anteriores, ela não havia pensado em cancelar por causa da conduta pecaminosa dos outros parentes e percebeu que sua incerteza brotava de preconceitos contra o homossexualismo – não de convicções bíblicas. Ela teve de lutar com o fato de que a Bíblia nos incentiva a ser luz nas trevas, em vez de esconder nosso testemunho de quem precisa dele (veja Mateus 5:16).

Às vezes, ao analisar uma decisão familiar difícil, retire a palavra “homossexualismo” da questão por alguns instantes. Por exemplo, Janice estava muito magoada porque sua filha queria levar a parceira para casa no fim de semana.

“O que você faria se fosse seu filho e a parceira?” outra mãe perguntou.

Janice pensou por um momento. “Eu os aceitaria, mas não deixaria que dormissem no mesmo quarto”, disse finalmente e sorriu ao chegar à solução do dilema. Não precisamos tratar o homossexual de forma diferente da que tratamos outros familiares com conduta imoral.

Por causa da mágoa, nos esquecemos de que os amigos e parceiros do filho homossexual não são os inimigos. São pessoas carentes do amor de Deus. Surpreendentemente, a maioria já teve contato com ensinamento cristão, mas o abandonou na idade adulta. Alguns pais viram o parceiro do filho renovar o compromisso com Cristo e, mais tarde, influenciar o filho a abandonar o homossexualismo.

Casamento e Cônjuges Homossexuais

O homossexualismo também invade muitos casamentos cristãos. É muito triste aconselhar pessoas que acabam de descobrir que o cônjuge é homossexual, ou que lidam com a angústia de serem abandonados por ele em troca de um relacionamento homossexual.

Sheila Hood detectou sintomas de conflito profundo na vida do marido desde o início do casamento. Em público, Bill geralmente era calmo e educado. Em casa, era outra pessoa – mal-humorado, reservado e agressivo.

Havia outros sinais de problema oculto: às vezes ele colocava a aliança de volta no dedo após voltar tarde da cidade... os olhares que trocava com homens desconhecidos... a preocupação com a aparência sem o objetivo de agradar a esposa.

Sheila percebeu afastamento cada vez maior entre eles; finalmente, confrontou Bill. A princípio, ele não disse nada; apenas manteve um olhar fixo e sem expressão. Por fim, confessou a verdade: “Nunca lhe contei nada. Tenho conflito interior tremendo e constante. Não é contra você. É que, bem, eu prefiro estar com homens”.

“Você quer dizer intimamente, sexualmente?” Sheila sentiu um aperto no coração.

“Sim”. Bill abaixou o olhar. “Mas atualmente, têm sido apenas pensamentos”. De repente, as lágrimas escorreram pelo rosto de Sheila, pois ela entendeu que o marido cometera adultério com outros homens. Mais tarde, após Bill recusar-se a procurar ajuda, o casal separou-se e divorciou-se.[5]

Como pais, muitos cônjuges e ex-cônjuges se consomem de culpa. É importante lembrar que, geralmente, o problema do homossexualismo antecede ao casamento. Na maioria dos casos, as sementes são plantadas na infância, embora se manifestem apenas na fase adulta.

Na realidade, há número crescente de homens e mulheres de meia-idade assumindo a homossexualidade. Alguns deles lutaram com isso durante anos. Outros casaram-se na esperança de que a atração pelo mesmo sexo desapareceria – o que raramente acontece. Isso quando as tensões do casamento não despertam ainda mais tentações nessa área.

Esses homens e mulheres de meia-idade têm sérios problemas não resolvidos no passado, tais como abuso sexual na infância que não foi tratado. Esses problemas ocultos acabam vindo à tona e se manifestam na forma de desejo inadequado pelo mesmo sexo. A pessoa não sabe de onde vieram esses sentimentos e, com o incentivo da sociedade atual, concluem equivocadamente que a solução é ter relações homossexuais.

Após algumas experiências, elas se convencem de que encontraram a resposta para o conflito interior e concluem que sempre foram homossexuais – simplesmente não sabiam. Então, aceitam uma solução falsa para um problema legítimo. É uma grande ilusão – e com o tempo acabam perdendo o casamento.

Jane Boyer estava casada havia dez anos quando “descobriu” que era lésbica. Na infância, fora abusada sexualmente e cresceu profundamente amargurada com os homens. De alguma forma, conseguiu manter-se casada apesar desse ódio, até envolver-se num relacionamento homossexual. Então, enfrentou a terrível decisão: continuar no relacionamento que parecia seguro e maravilhoso, ou abandoná-lo e voltar ao casamento desprovido de emoção e companheirismo.

Com bom aconselhamento e apoio, Jane conseguiu descobrir que o casamento com um homem podia trazer satisfação, mas era preciso lidar com toda sua “bagagem” emocional. Ela teve motivação quando o marido lhe deu o ultimato: “Se você não abrir mão das amizades com lésbicas, vou abandonar este casamento”.

Jane percebeu que perderia o que mais importava em sua vida – marido e filhos – se mantivesse intimidades com o mesmo sexo. Portanto, ela abandonou aquelas amizades e renovou o compromisso com Cristo.

Hoje, uma década depois, Jane está feliz no casamento e já testemunhou em vários congressos sobre a cura poderosa de Deus em sua vida.[6]

Por que os Homossexuais se Casam?

Número surpreendente de indivíduos com tendência homossexual casa-se com cônjuge inocente. Um conselheiro cristão, especializado em questões homossexuais, diz que cerca de um terço dos pacientes homossexuais são homens casados.

No livro secular, The Other Side of the Closet [7], a Dra. Amity Buxton diz que vários estudos revelam que cerca de 20% dos gays e até 35% das lésbicas casam-se com heterossexuais.

Existem várias razões:

*busca por uma vida “normal”
*desejo de aprovação e aceitação social
*pressão da família e dos amigos
*desejo de ter filhos.


Entre os crentes, há outros motivos, entre eles, o desejo de agradar a Deus (“é Sua vontade”) e fazer parte da igreja, onde o celibato é menosprezado.

Independentemente das razões, os problemas resultantes no casamento não são culpa do cônjuge heterossexual. Geralmente ele é vítima inocente da tragédia que se desdobra.

O que Acontece Após o Divórcio?

Se ocorrer o divórcio, e o cônjuge assumir a homossexualidade, várias questões devem ser consideradas. Um dos assuntos mais voláteis com relação a ex-cônjuges homossexuais é a questão de visitas dos filhos. Os pais cristãos se preocupam com a influência do outro pai homossexual sobre os filhos. O que fazer?

Em primeiro lugar, entenda que não existem respostas fáceis. Empenhe-se em promover ambiente de sinceridade no seu lar para que seus filhos possam comunicar dúvidas e medos. Inicie diálogo com seus filhos sobre o estilo de vida do pai ou da mãe homossexual. Dependendo da idade e da freqüência das visitas, seus filhos serão forçados a lidar com questões de adultos e precisarão de sua perspectiva madura.

“As crianças precisam conversar com os pais sobre sexualidade, conduta sexual e moralidade sexual”, segundo Connie Marshner no livro Decent Exposure[8]. “Muitas pessoas não têm padrões saudáveis de comunicação com os filhos e nunca tiveram exemplo de comunicação saudável com filhos”. Ela aconselha os pais a procurarem especialistas, caso não saibam promover comunicação aberta com os filhos pequenos.

Reconheça que seu filho tem necessidade legítima de estar com seu ex-cônjuge. O relacionamento entre pai e filho não se rompe automaticamente com o divórcio. Muitos pais/mães homossexuais amam muito aos filhos, e um de seus maiores medos é perder esse relacionamento. Procure avaliar conduta e atitudes do ex-cônjuge com relação aos filhos não considerando sua homossexualidade. Ela transmite segurança e afeto a eles? Ele cumpre com o compromisso financeiro com a família? Ela é discreta no relacionamento com a parceira na frente dos filhos?

“Minha filha precisa do máximo possível de convívio normal com o pai”, disse uma mãe solteira cujo marido a trocou por outro homem. “Sei que ela precisa dele, e eles merecem ter o melhor relacionamento possível apesar das circunstâncias”.

Ore diariamente pela proteção emocional e espiritual do seu filho. O homossexualismo não é transmitido por pai homossexual. Na verdade, o pai carinhoso diminui a vulnerabilidade do filho à tentação homossexual porque a homossexualidade baseia-se na falta de apoio do mesmo sexo.

Entretanto, qualquer má influência pode prejudicar o desenvolvimento da criança. Alguns filhos de homossexuais passam por períodos de questionamento quanto à própria identidade sexual. Essas dúvidas são reforçadas pela alegação mítica dos meios de comunicação modernos de que o homossexualismo é genético (e, portanto, algo herdado de um dos pais).

À medida que os filhos crescem, ensine-lhes a realidade sobre o homossexualismo e como ele se desenvolve. (Veja o verso deste livreto para boas indicações.)

Influência – Não Controle

Ao passarmos pelas fases de reação emocional ao ente querido homossexual, chegamos a um patamar de liberdade saudável na qual deixamos de nos responsabilizar pela vida pessoal do outro. Começamos a separar nossa identidade e nossos sentimentos de culpa dos dele. Começamos a pensar menos sobre: “Como as ações da pessoa comprometerão minha imagem?” Passamos a nos separar dele na área de responsabilidade. Ele deve tomar as próprias decisões na vida, e nós podemos influenciá-lo, mas não controlá-lo.

Como podemos ser influência positiva?

Como cristãos, devemos nos tornar exemplo de Cristo, especialmente para os entes queridos. Exibimos Seu caráter de várias maneiras: demonstrando humildade, tomando a iniciativa na reconciliação, dando exemplo de arrependimento, assumindo responsabilidade pela própria conduta. Isso demonstra em ação, mais que em palavras, o caráter de Cristo ao outro.

Creio que outra área muito importante de influência é a oração. O Espírito de Deus pode mexer com a pessoa, quer esteja do outro lado da rua ou do outro lado do mundo. Você pode orar das seguintes maneiras:

Peça que o Espírito Santo incomode seu ente querido.

Peça que seu ente querido sofra as conseqüências do pecado. (O objetivo de Deus não é castigo, mas arrependimento.)

Ore para que seu coração permaneça aberto ao ente querido para que você seja canal da graça de Deus.

Ore para Deus agir no seu coração e na sua vida, de forma que você se aproxime de Deus, e suas orações se tornem ainda mais poderosas e eficazes na vida do ente querido.


Existem milhares de ex-gays e ex-lésbicas que testemunham do poder da oração e de Cristo em sua vida.

Tom Cole, hoje casado e com quatro filhos, recorda o testemunho de uma colega cristã que mudou o rumo de sua vida. Na época, ele tinha 26 anos e tivera diversos relacionamentos homossexuais desde os 19 anos. Sentia-se desesperado e solitário, quando conheceu uma moça chamada Rosie, garçonete do restaurante onde ele era o cozinheiro. Tom deixava claro seu homossexualismo, enquanto Rosie declarava sua fé cristã.

Certa noite, ao deixar o trabalho, Rosie disse para Tom: “Meu marido e eu estamos orando por você”.

Tom ficou chocado: “Vocês oram por mim?”.

“Sim”, disse Rosie. “Oramos por você todas as noites”. Ao partir, acrescentou: “Tom, eu o amo. Quero que saiba disso”.

Tom lembra-se do impacto dessas palavras: “As palavras escancararam meu coração. Eu sabia que ela dizia a verdade. Sabia que me amava. De repente, todos os anos de mágoa, dor e sofrimento foram rompidos. A muralha em torno do meu coração foi derrubada. Comecei a chorar quando percebi que aquelas palavras me tocaram. Escondi-me sob o balcão para que ela não me visse chorar. Eu soube naquele momento que desejava o que ela possuía”.[9]

Várias semanas depois, Tom foi à igreja com Rosie e o marido dela e aceitou a Cristo. Eles discipularam Tom na nova fé. No início da vida cristã, Tom enfrentou grandes desafios e admite: “Eles me viram tropeçar, cair e ser erguido por Deus novamente. Eles me viram chegando bêbado ou drogado ao estudo bíblico e à reunião de oração. Apesar de tudo isto, me acompanharam; oraram por mim; revelaram a verdade de Deus nas Escrituras. Eu não estaria vivo hoje se não fosse pelo testemunho dessa cristã incrível”.[10]

“Não incorrigível”

Começamos este livreto com a história de Judy Hamilton, mãe cujo filho envolveu-se no homossexualismo. Qual foi o resultado dessa situação? Atualmente, o filho de Judy Hamilton abandonou o envolvimento homossexual, processo que começou em 1991.

Numa visita à mãe naquele ano, Darryl disse à mãe que a satisfação e felicidade que buscava com outros homens desaparecera. Judy ficou surpresa e cheia de alegria. Durante conferência posterior patrocinada por Exodus International, Darryl renovou o compromisso com Cristo e fez voto de celibato. Judy louvou a Deus por respostas tão impressionantes a suas muitas orações.

Contudo, um ano mais tarde, veio o choque. Darryl confessou que estava infectado com o vírus HIV. Judy chorou no ombro dele, sentindo o coração “partir-se em mil pedaços”. Depois vieram os pensamentos de indignação contra o filho. Como pôde fazer isso? Você sabia do risco da AIDS!

Hoje, Judy ainda sofre altos e baixos emocionais enquanto o filho continua o processo de recuperação, mas ela encontra grande consolo na fé cristã. “Minha maior alegria é saber que, quando morrermos, estaremos juntos para sempre”.

“O homossexualismo não é incorrigível”, acrescenta Judy com convicção. “Existe restauração e perdão e cura por meio de Jesus Cristo. Atualmente, Darryl é maduro para sua idade. Eu me alegro com seu crescimento e também com seu amor por Deus. Acima de tudo, sou grata ao nosso Pai, que nos tirou do abismo do desespero”.

Quadro Lateral 1: “Como testemunhar a um amigo homossexual”

Na era dos direitos dos homossexuais, todos conhecem um homossexual, quer colega, quer vizinho, quer amigo. Freqüentemente me perguntam: “Como posso testemunhar a essa pessoa?” A resposta é simples: Da mesma maneira que testemunha para qualquer outra pessoa. Aqui estão algumas sugestões.

*Veja a pessoa como pessoa, não como homossexual. Seu amigo ou sua amiga tem medos, esperanças e necessidades complexas. Olhe além do rótulo “gay” ou “lésbica” e veja a pessoa inteira. Em vez de vê-la como homossexual, pense nela como alguém com problema com homossexualismo.

*Esteja disposto a ouvir. Muitas vezes, o indivíduo homossexual já foi magoado profundamente por crentes bem intencionados, mas ignorantes. John Paulk, ex-homossexual, lembra-se de uma parada gay na qual cristãos gritavam insultos aos participantes. Quem seguirá um Deus como este que eles demonstram?, pensou. Anos mais tarde, um pastor fez amizade com ele e investiu tempo para conhecê-lo além da aparência gay. Pouco tempo depois, o pastor o levou a Cristo.

*Direcione seu amigo a Jesus, não à heterossexualidade. Homens e mulheres envolvidos no homossexualismo não conseguem mudar sozinhos; eles precisam do poder de Cristo atuando em sua vida para ocorrer mudança. Geralmente, têm pouca motivação para mudar até que Deus lhes abre os olhos para a verdade. Ao começar o processo de cura, Ele ressaltará áreas da vida que devem ser entregues a Ele.

*Não espere ter todas as respostas. Você não precisa se tornar especialista em todos os aspectos do homossexualismo para influenciar seu ente querido homossexual. Ao comentar a questão, não há problemas em dizer que você não sabe a resposta, mas se informará e a dará mais tarde. (E não esqueça de fazê-lo!) O amor de Deus agindo por meio de você mudará a mentalidade da pessoa, não um argumento bem elaborado.

*Dê esperança de algo melhor. Leve as boas novas, não apenas declaração de que determinado estilo de vida é errado. Embora a Bíblia deixe claro que a prática homossexual vai contra o padrão de Deus para a humanidade, 1 Coríntios 6:11 dá evidência clara de que os homossexuais podem mudar.


Quadro Lateral 2: “O que dizer às crianças”

Pais, mesmo os que acertam ao falar sobre sexo com os filhos pequenos, podem errar ao abordar a questão do homossexualismo. As crianças precisam de respostas às suas perguntas; no mundo de hoje, elas ouvem sobre esse assunto nos primeiros anos do ensino fundamental.

A melhor estratégia é simplificar. “Por que Jenny anda de mãos dadas com Megan?”, um menino perguntou sobre as vizinhas lésbicas. Uma possível resposta seria: “Ela gosta mais de mulheres do que de homens. Não sei por quê”.

Nunca minta. Não passe informações falsas, mesmo quando o homossexualismo ocorre na sua casa, e você estiver tentado a acobertar o erro de um irmão mais velho ou cônjuge. Dê respostas diretas e adequadas à idade da criança.

Ore por sabedoria. Um pai cristão orou pedindo que Deus lhe mostrasse o momento certo para contar aos filhos que o primo favorito se envolvera com homossexualismo. Após a revelação, os filhos continuaram a amar o primo e até mudaram de atitude. Eles deixaram de chamar os gays de “bando de bichas”.

Agora o assunto dizia respeito a alguém que eles amavam. Transmita compaixão pelos que sofrem com esse pecado, ao mesmo tempo expressando desaprovação pela conduta. Lembre-se que o tom da sua voz e sua expressão corporal falam mais alto que suas palavras.

Quadro Lateral 3: “Prevenção do Homossexualismo”

Os pais cristãos podem se preocupar demais com a vulnerabilidade dos filhos às influências homossexuais. Como podem reduzir a probabilidade de dificuldades futuras?

*Promova abertura em seu lar. As crianças precisam de lugar para levar as inevitáveis perguntas sobre sexo. As que não são ouvidas logo pensarão que sexo não deve ser comentado. Se tiverem dúvidas quanto à própria identidade sexual no futuro, evitarão falar sobre elas.

*Dê informações precisas. As crianças podem ficar confusas com o que é homossexualismo – e o que não é. Se gostarem dos amigos do mesmo sexo, perguntarão se isso os torna gays. Deixe claro que você tem amigos de ambos os sexos; é normal ter amigos próximos do mesmo sexo.

*Reforce a masculinidade/feminilidade dos seus filhos. Estimule comportamento adequado ao sexo desde a infância e demonstre aprovação da masculinidade ou feminilidade. As crianças ficam magoadas quando descobrem que os pais queriam filho do sexo oposto; os danos são ainda mais profundos se os pais incentivam o filho a adotar qualidades e ambições do sexo oposto.

*Demonstre bastante afeto físico. Alguns pais têm noção equivocada de que demonstrar muito afeto ao filho perverterá o senso de masculinidade do menino. Na verdade, acontece o oposto. Se o pai (ou responsável) abraça o filho freqüentemente, ele estará menos suscetível às formas erradas de demonstração de afeto por parte de outros homens.

*Crie os filhos conforme sua sexualidade. As meninas gostam de atividades femininas, tais como se enfeitarem para ocasiões especiais. Meninos inseguros podem ficar profundamente magoados com insultos dos pais, tais como: “Seu mariquinha!”. Evite esse tipo de comentário. Elogios obtêm melhores resultados que críticas negativas.

*Estimule a identificação com pessoas famosas do mesmo sexo. Heróis da Bíblia, missionários e atletas de boa índole podem ser exemplo de vida. Para pais solteiros com filhos do sexo oposto, esse elemento é importante. Procure ajudar seu filho a desenvolver relacionamentos com parentes do mesmo sexo (tios, tias, primos mais velhos, avós). Esforce-se para incluir seu filho em atividades organizadas por adultos do mesmo sexo que ele, tais como professores de música, treinadores ou professores de Escola Dominical.


Quadro Lateral 4: “Discutindo as Escrituras”

Certas pessoas que têm problemas com o homossexualismo podem se perguntar se há alguma discrepância nos argumentos bíblicos contra ele. Talvez Deus não condene essa atividade. Talvez exista alguma maneira de associar minha fé cristã com a identidade gay.

Essa é a posição do movimento “pró-homossexual” cristão, que vem se tornando cada vez maior nos últimos 30 anos. Antes da década de 1970, ele era desconhecido; hoje, seus ensinamentos estão por toda a parte, invadindo até congregações evangélicas.

Joe era um dos pastores de uma igreja evangélica no sul da Califórnia. Ele costumava zombar da igreja gay ao passar na frente dela – até que foi seduzido pelo homossexualismo e visitou a congregação gay para ver em que realmente acreditavam. Ele se envolveu nessa teologia falsa durante vários anos e chegou a fazer treinamento para ser pastor de uma denominação pró-gay.

Mas à medida que se envolvia mais e mais nesse movimento, ele começou a ver que sua vida era vazia. Ele não conseguia identificar o problema, mas sentia-se fora de sintonia. Um dia, enquanto assistia a um programa cristão na TV, ouviu um sermão sobre a perspectiva bíblica do homossexualismo.

Joe começou a questionar o rumo de sua vida. E se eu estiver errado, perguntou a si mesmo. E se a Bíblia realmente condenar o homossexualismo? Pouco depois, ele retornou à comunhão com os velhos irmãos, e Deus o tirou da denominação gay. Abandonou as atividades homossexuais e, mais tarde, tornou-se presidente da Exodus, organização cristã de ex-gays. Atualmente, Joe prega em todo o mundo contra a teologia falsa do movimento pró-gay e sobre como combater seus ensinamentos.

Há uma passagem que gostaria de examinar de perto, pois teve impacto profundo em minha vida. Se você estiver aconselhando alguém nessa área e não sabe que passagem compartilhar, sugiro que leia estes versículos de 1 Coríntios:

“Vocês não sabem que os pervertidos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus. Assim foram alguns de vocês. Mas vocês foram lavados, foram santificados, foram justificados no nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de nosso Deus...”

Essa passagem foi meu guia de esperança para mudar de vida. No final da adolescência, comecei a ler todos os livros de teologia pró-gay disponíveis na época. Eu estava ciente da minha atração por outros homens, mas não sabia bem o que pensar sobre a posição bíblica desse assunto.

Então fui à biblioteca da minha universidade secular e comecei a pegar emprestado todos os livros sobre Bíblia e homossexualismo. Infelizmente, eram todos pró-gay quanto à interpretação das passagens bíblicas. Eu queria muito acreditar no que esses livros diziam, mas sentia resistência interior que não conseguia compreender. Hoje, é claro, creio que o Espírito Santo resistiu gentilmente a essas interpretações errôneas da Bíblia.

Em meio aos conflitos, encontrei a passagem de 1 Coríntios. Li que os pervertidos não herdarão o Reino de Deus, e que eu não devia me deixar convencer do contrário. Depois, li sobre uma lista de condutas – entre elas o homossexualismo – nas quais os membros da igreja de Corinto se envolveram.

Em seguida, li: “Assim foram alguns de vocês”. “Foram” – conjugado no passado. Entendi que superar o homossexualismo não é novidade. O Evangelho não mudara nos últimos 2000 anos. As pessoas foram libertas de atividades homossexuais na época de Paulo, e o mesmo acontece hoje.

Ao ler esse versículo, comecei a ter esperança. Se Deus podia transformá-los, Ele também podia me transformar.

Eu amo o versículo 11 dessa passagem: “Mas vocês foram lavados”. Apesar do que se ouve atualmente, o homossexualismo não é estilo de vida limpo ou puro. “Foram santificados” – separados. Não é possível andar com Deus e envolver-se com o homossexualismo ao mesmo tempo. É impossível. “Foram justificados” – declarados justos. Isso mostra que o homossexualismo não é correto. “Assim foram alguns de vocês”. Desde o século I até agora, as pessoas têm superado esse pecado. É possível por meio do poder de Jesus Cristo.

Quando aconselhar alguém, lembre-se de olhar além dessas cinco passagens que falam do homossexualismo. Devemos ter visão bíblica mais abrangente dos planos divinos para homens e mulheres.

John Paulk teve envolvimento profundo no homossexualismo. Após alguns anos, John percebeu que estava insatisfeito. Além disso, como freqüentava bares gays todas as noites, tornara-se alcoólatra. Então fez amizade com um pastor que era cliente da copiadora onde ele trabalhava. Sem razão aparente, o pastor o tratava com amor e respeito, apesar de John ser obviamente gay.

Certo dia, esse pastor perguntou se podia visitá-lo. “Posso passar na sua casa? Eu gostaria de compartilhar algo com você”. John suspeitou que se tornara alvo das ambições evangelísticas do pastor, mas concordou em recebê-lo. Ele estava cada vez mais infeliz com sua vida e pensou que o pastor poderia ter algo que valesse a pena.

Então, o pastor fez uma visita, e a conversa voltou-se para a Bíblia. Em vez de falar sobre Romanos 1 ou 1 Coríntios 6, ele começou a falar dos dois primeiros capítulos de Gênesis e do plano original de Deus para o homem e a mulher. Finalmente, o pastor leu Gênesis 1:27: “Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Em seguida, leu Gênesis 2:18,22: “Então o SENHOR Deus declarou: ‘Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda’... o SENHOR Deus fez uma mulher e a levou até ele...”.

Foi um daqueles momentos de inspiração divina em que as escamas caíram dos olhos de John. Ele percebeu que o homossexualismo não estava nos planos de Deus para ele. Após algumas semanas, John se converteu, e esse pastor e sua esposa o incentivaram a abandonar o homossexualismo. Hoje, John é casado e tem dois filhos. Sua vida revela o poder das Escrituras. Portanto, não limite-se a falar que o homossexualismo é pecado; mostre à pessoa a intenção original de Deus.


Por Bob Davies

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